terça-feira, fevereiro 28, 2012

Les émotifs anonymes

Simpatia, solidariedade, ternura e embaraço é o que eu sinto por este filme. Não sei se o que lá se passa é um retrato fiel do nervosismo romântico pré-história de amor, evidente ou metafórico da convulsão emocional inerente a estes processos. Mas andará mais perto da verdade do que a tradicional comédia romântica. São quase tão tótós como o Adam Sandler e a Emily Watson no "meu" filme fetiche Punch Drunk Love.



segunda-feira, janeiro 09, 2012

Belén e Banderas Wisdom - Alma de bolero

"
No sé por qué te quiero
será que tengo alma de bolero
tú siempre buscas lo que no tengo
te busco en todos y no te encuentro
digo tu nombre cuando no debo.

No sé por qué te quiero
si voy a tientas tú vas sin freno
te me apareces en los espejos
como una sombra de cuerpo entero,
yo me pellizco y no me lo creo.

Si no me hicieran falta tus besos
me tratarías mejor que a un perro
piensa que es libre porque anda suelto
mientras arrastras la soga al cuello.

Querer como te quiero
no va a caber en ningún bolero
te me desbordas dentro del pecho
me robas tantas horas de sueño
me miento tanto que me lo creo.

Si no me hicieran falta tus besos...

Querer como te quiero
no tiene nombre ni documentos
no tiene madre no tiene precio
soy hoja seca que arrastra el tiempo
medio feliz en medio del cielo.
"





Não consigo parar de ouvir isto. Eu que não aprecio por aí além a língua dos vizinhos e consequentemente o seu espólio musical. Estive para escolher só os excertos a bold para partilhar, mas a letra toda tem requintes  do fado lusitano. Sem entrar em grandes escalpelizações psicológicas sobre o porquê de andar a consumir doses excessivas desta música, penso que uma das razões será o facto de me sentir charmoso como este sacana do Banderas durante os breves minutos da canção.



quarta-feira, novembro 30, 2011

segunda-feira, novembro 28, 2011

Watermelon Sunrise


Watermelon Sunrise by Helen Kaminsky


Consumo pastilhas de melão e aparentados desde puto, quando abriu uma loja de doces mesmo em frente à minha escola básica. Tenho portanto o mesmo apurado sentido crítico de um enólogo mas aplicado a chiclas de melão. E este produto da Trident é bom. A léguas das miniaturas de melão, mas bom. Espectacular mesmo é o nome. Romântico q.b. para proporcionar momentos ruminantes com nota artística como diria Jesus.  Até o gesto simpático(quase-mandatório) de oferecer pastilhas quando trazemos um pacote à luz do dia em frente de gente ganha um novo colorido. A nossa pessoa transforma-se num Travolta andante com " vai uma watermelon sunrise?" . No entanto, quando reflectia sobre esta questão essencial do ser humano, reparei que se adicionarmos sunrise a qualquer produto, este torna-se numa potencial experiência de sonho. Não acreditam?? Experimentem vocês mesmos...!!

quinta-feira, novembro 24, 2011

Das mulheres perigosas - Das Evas que foderam o Paraíso - A Eva Green

Eu há caras que desconfio.

 Há aqueles olhares demasiado confiantes. Aqueles que dominam a totalidade do espaço que visualizam e talvez um pouco mais.

 As que fazem do leve entreabrir dos lábios uma arma de ficção científica, armas daquelas que param o tempo.

As Evas que sabem que querem a maçã, que já sabem como apanhá-la e já simularam até o seu sabor nas diabólicas papilas.

 Ainda assim a maçã nada sabe, nem o mundo nem o Deus do Mundo nem o Deus do Deus.

 Só a Eva.

 Adequada distância destas criaturas é o que desejo, senão para o óbvio.

 Que o óbvio só deixa as marcas temporárias que o bom óbvio deixa.