terça-feira, setembro 15, 2009

Andámos desencontrados

Andámos desencontrados.

Durante 5 anos eu supeitava que eras enorme. Adivinhava-te a súbtil capacidade de me conquistares a tiro de frame. Se fosses uma miúda gira, podia dizer-te convictamente sem o sabor bolorento do cliché "Desculpa, mas eu conheço-te de qualquer lado" pois eras assim, familiar antes do encontro.

Não me ensinaste nada de novo. Foste como uma criança que pinta livros de colorir na perfeição com lápis de cera, sem sair das linhas pré-existentes. Já sabia da dor da procura, da expectativa e do desencontro. Só lhe faltava côr.

E dos vilões, que existem mesmo, que sabem que são vis, só lhes falta a força. Que choravam, e que amavam como os heróis. Já sabia tudo.

Que os lugares não são lugares, são pessoas nos lugares. Mas assim tão perfeito como sugeriste, não havia evidência.

E na despedida foste o melhor dos finais. O melhor final. Silencioso, porque não havia nada a dizer. Terno, porque já não havia nada a temer.

Gigante, bem vindo à galeria dos meus preferidos.




1 comentário:

DK disse...

tem menos de 7 no imdb nao vejo